Richard's Journey: uso do Scanner de acessibilidade para testar mudanças voltadas para o usuário

"Aprenda sobre acessibilidade o mais cedo possível, de preferência ao mesmo tempo que aprendemos tudo mais, para que isso se torne um hábito, e não algo que você precise forçar mais tarde."

Perguntas e respostas com Richard

  • R: Crio apps Android desde 2011, quando estava na pós-graduação, formando um mestrado em Engenharia da Computação. Criei meu primeiro app Android usando o Eclipse, que parecia ser uma ótima ferramenta na época, pelo menos até o lançamento do Android Studio do Google, em 2014. O Android Studio é um ambiente de desenvolvimento integrado tão incrível e incrível. Estou usando essa API para criar apps para smartphones, tablets, smartwatches e TV Android. É incrível como o Android Accessibility Test Framework se integra ao Android Studio para nos ajudar a detectar problemas de acessibilidade nos nossos layouts antecipadamente.
  • R: Minha ferramenta favorita é o Scanner de acessibilidade. Para os desenvolvedores com deficiência auditiva, a acessibilidade é muito importante para mim. Eu nasci com uma perda auditiva sensorial e usei aparelhos auditivos até os 18 anos, quando decidi fazer um implante coclear. Eu uso muita legenda e preciso de acessibilidade todos os dias. Quando eu era mais novo, antes da era dos smartphones, mesmo com o início da era dos smartphones, era um desafio para eu aproveitar totalmente a TV ou os vídeos sem legendas. Estou muito feliz que o mundo esteja começando a se adaptar às pessoas com deficiência e o reconhecimento da acessibilidade aumentou. Na verdade, eu escolhi o campo de engenharia de software porque queria criar um software ou um app que melhoraria a vida de outras pessoas, da mesma forma que a tecnologia facilitou minha vida. Garantir que os apps que criei sejam acessíveis sempre foi minha prioridade. É por isso que o Scanner de acessibilidade é uma das minhas ferramentas favoritas: ele permite testar com eficiência a acessibilidade das minhas mudanças voltadas ao usuário, especialmente para pessoas com deficiência visual.
  • R: Como engenheiro do Android na equipe de Acessibilidade do Twitter, uma das nossas iniciativas foi melhorar a experiência de descrições de imagens e o uso de texto alternativo. Você sabia que, ao colocar imagens nos seus tweets no Twitter, é possível adicionar descrições para torná-las acessíveis a pessoas que não conseguem vê-las? Se sim, ótimo. Mas você sempre se lembra de ter feito isso? Não se preocupe, você não está só. Muitas pessoas, inclusive eu, esquecem de adicionar descrições de imagens. Por isso, implementamos lembretes de texto alternativo que permitem aos usuários ativar o recebimento de notificações quando eles tweetam imagens sem descrição. Também estamos trabalhando para expor o texto alternativo para todas as imagens e GIFs. Isso significa que agora exibimos um selo "ALT" em imagens que têm texto alternativo ou descrições associadas. Em geral, o texto alternativo é usado principalmente para usuários do Talkback, mas queremos permitir que os usuários que não usam um leitor de tela saibam quais imagens têm texto alternativo e, é claro, permitir que eles vejam a descrição selecionando o selo “ALT”. Esse recurso ajuda a conseguir duas coisas: 1) os usuários que têm baixa visão ou outras deficiências que se beneficiam do texto alternativo disponível agora podem acessar esse texto; 2) os usuários podem saber quais imagens têm texto alternativo antes de retuitar essas imagens. Eu adoro esse recurso, porque ele aumenta o reconhecimento de texto alternativo.
  • R: Que época incrível! Tenho três dicas que eu gostaria de compartilhar:

    1) Não comece a programação sem revisar as especificações e designs com cuidado. Desenhe e mapeie a arquitetura e o design técnico do trabalho antes de começar a usar o código. Em outras palavras, trabalhe de forma mais inteligente, não mais difícil.

    2) Leia a documentação do desenvolvedor e o código-fonte. Você se tornará um especialista mais rapidamente se souber o que está acontecendo nos bastidores. Ao chamar uma função de uma biblioteca ou SDK, crie o hábito de observar o código-fonte e a implementação dessa função para que você possa aprender com a programação e também encontrar oportunidades de melhorar a performance.

    3) Aprenda sobre acessibilidade o mais cedo possível, de preferência aprendendo com tudo mais, para que se torne um hábito e não algo que você precise forçar mais tarde.

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